Reencarnação


Reencarnação - Chave da evolução
A chave perdida

A reencarnação é a chave que explica e concilia a Justiça e a Misericórdia de Deus. Através dela, todas as aparentes injustiças podem ser compreendidas. Todos os erros podem ser redimidos por meio de novas experiências e os Espíritos, cedo ou tarde, encontram o caminho do Bem.

O mecanismo da evolução se opera pelo aperfeiçoamento do princípio inteligente (que é a alma, ou espírito) e isso se dá pela reencarnação. Cada existência é uma nova experiência na jornada infinita do ser rumo ao seu progresso moral e intelectual.

Os espíritos foram criados simples e ignorantes. No início não possuem o conhecimento do bem ou do mal. São dotados do germe da inteligência e, progressivamente, adquirem consciência de si mesmos. O modo como foram criados não foi ainda totalmente revelado pelos espíritos superiores.

A perfeição é o destino de todo espírito, sem exceção, mas isso não pode ser atingido numa só existência. Para que possa crescer em inteligência e moralidade, o Criador concede-lhe outras oportunidades de progresso através das diversas existências. Assim ele renasce na dimensão material quantas vezes forem necessárias e a esse renascimento sucessivo denomina-se reencarnação.

Portanto, a reencarnação é o sistema pelo qual a Providência Divina aperfeiçoa o Espírito eterno.

Ao espírito está reservado o destino de progredir incessantemente

Uma das leis de Deus é a do progresso. O destino do princípio inteligente é progredir rumo à perfeição, incessantemente.

Ao iniciar sua jornada reencarnatória nos primeiros estágios evolutivos, o espírito sofre todo tipo de influências, boas e ruins, agradáveis e desagradáveis. Por ser ainda ignorante, é levado por suas tendências a vivenciar experiências errôneas, que prejudicam e lhe retardam o progresso.
Todos os espíritos passam obrigatoriamente pelo caminho da ignorância, mas nem todos passam pelo caminho do mal.

Em sua infinita sabedoria, Deus concede ao espírito a liberdade de ceder ou resistir às suas más influências e isso é chamado "livre-arbítrio". À medida que adquire consciência de si mesmo, conquista gradualmente a liberdade de agir e discernir, obtendo o mérito conseqüente de suas próprias ações.

Sendo assim, a evolução do espírito se dá progressivamente, através da experiência. Em suas lutas expiatórias e provacionais, o espírito avança gradativamente pelo caminho da própria iluminação e aperfeiçoamento.

Tipos de encarnações

Uma encarnação pode ser livre, compulsória e missionária, dependendo sempre da condição evolutiva e da necessidade do espírito.

O espírito pode, por negligência, manter-se estacionado, mas jamais regride a estágios inferiores ao que se encontra, pois está sujeito à lei do progresso. Um homem adulto não pode voltar a ter idade de menino, mesmo que queira.

Tudo o que o espírito adquire em dada reencarnação passa a fazer parte de seu patrimônio espiritual, ficando registrado nos arquivos de sua mente profunda e podendo ser por ele usado em outras existências, para seu crescimento. Isso explica as crianças superdotadas, para as quais a ciência oficial ainda não encontrou resposta plausível e definitiva.

A lei divina, ou natural

A lei natural é a lei de Deus; é a única necessária à felicidade do homem, a que lhe indica o que ele deve fazer ou não fazer. O homem só se torna infeliz porque dela se afasta.

Na verdade, Deus proporcionou a todos os homens os meios de conhecerem sua lei, mas nem todos a compreendem. Os que melhor a compreendem são os homens de bem e os que desejam pesquisá-la. Mesmo assim, todos um dia a compreenderão, porque é necessário para que o progresso se realize.
A lei de Deus está inscrita na consciência do homem e, ainda assim, constantemente, somos dela lembrado através do ensinamento e do exemplo de seres numerosos enviados pelo Criador, cuja tarefa é trabalharem para o adiantamento moral do orbe.

Se essa compreensão da lei natural tivesse de se realizar numa só existência, qual seria a sorte de tantos seres que morrem diariamente no embrutecimento da selvageria ou nas trevas da ignorância, sem que deles dependa o próprio esclarecimento.

Lei de causa e efeito, ou lei de ação e reação

Apesar do livre-arbítrio do homem, concedido a ele pelo Criador, todas as suas ações estão sujeitas a uma lei natural de justiça denominada "causa e efeito", "ação e reação", "lei de compensação ou de retorno" ou simplesmente "plantio e colheita". Por meio desta lei nos tornamos responsáveis por tudo quanto fazemos ao próximo e também a nós mesmos.

"Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém" (Paulo).
"A toda ação realizada num determinado sentido, corresponderá uma reação de mesma intensidade e direção oposta". (Isaac Newton)
"A cada um será dado segundo as suas obras." (Jesus)
"Quem com ferro fere, com ferro será ferido." (Jesus)

Sabiamente, a lei de causa e efeito nos ensina, pelas existências sucessivas, a não repetirmos o erro. A lei jamais castiga, mas sim corrige.

O esclarecimento dilui a revolta do homem em face do sofrimento.

O mecanismo de ação e reação da lei divina explica muitos sofrimentos de pessoas ou povos, conforme podemos observar à nossa volta. Assim, percebemos colheitas desagradáveis, cujas origens estão no plantio inadequado do passado reencarnatório.

Ressurreição e reencarnação

Ao tempo de Jesus, os judeus não compreendiam bem a reencarnação.

Conheciam-na como ressurreição, que quer dizer: ressurgimento.

Allan Kardec esclarece: "A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os Saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.

"Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos."

"A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo."

A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos (Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; - Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13). João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.


Fonte: http://www.consciesp.org.br/?pg=reencarnacao

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