Aristóteles,    filósofo grego (384-322 a.C.), foi o fundador da Lógica. 
              
 
 
 
       A    lógica tornou-se uma disciplina praticamente autônoma em relação à filosofia,    graças ao seu elevado grau de precisão e tecnicismo.  A lógica elementar é    usada como instrumento pela filosofia, para garantir a validade da    argumentação.
            É muito comum todos os dias ouvirmos alguém falar que alguma coisa é    "lógica" ou "ilógica", porém, pouquíssimas pessoas sabem fazer isso com    embasamento.
                 Porém, se analisarmos, em todas as épocas da humanidade, quando havia    divergências sobre a realidade ou não de algo, verificaremos que o que foi    posteriormente aceito por todos como verdade, era, mesmo antes de ser provada    pela ciência, a explicação mais lógica (basta lembrar da época em que    acreditavam que o Sol girava ao redor da Terra).
               Portanto, a lógica é a única ferramenta que pode nos orientar em direção à    verdade, ou o mais próximo possível dela. Sem a lógica, ficamos reféns dos    "Donos da verdade", dos dogmas absolutos que não podem jamais ser    questionados.        
         No    entanto, não é meu objetivo aqui aprofundar-me nos complexos fundamentos da    lógica, mas sim apresentar os principais conceitos da lógica elementar,  
   
   
   
   
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                 Um argumento é constituído de Afirmações chamadas "Premissas".    Todo argumento deve ter uma conclusão, que deve ser sustentada    pelas premissas.
           As    premissas podem ser falsas ou verdadeiras.
 
  Exemplo:
          Premissa 2:  "Pedro é um ser vivo"               
          Conclusão.: "Pedro é mortal".                       
          
      
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               Um dos princípios básicos da lógica é a "Lei da não contradição". Ou seja, uma    coisa não pode "ser" e "não ser" ao mesmo tempo. Por exemplo, não podemos    afirmar que "Deus é justo" e ao mesmo tempo "Deus é injusto"       
            Portanto,    contradição é quando se tem duas   premissas que      anulam a si mesmas, fazendo com que qualquer conclusão a que se chegue, baseada    nestas premissas, seja totalmente falsa.
Exemplo:
 
     Premissa 1: João não tem carro
               Premissa 2: O carro de João é azul
 
Ora, como é que o carro    de João é azul se ele não tem carro?
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           Falácia  
        
                   Designa-se por falácia  um raciocínio errado com    aparência de verdadeiro. O termo falácia deriva do verbo latino "fallere" que    significa enganar. As falácias que são cometidas involuntariamente,    designam-se por paralogismos; as que  são produzidas de forma a confundir    alguém numa discussão designam-se por sofismas
          Na falácia, embora as premissas    possam ser verdadeiras, não existe uma inferência lógica entre elas para    sustentar a conclusão apresentada.
  Exemplo:
 
     Premissa 1: Todos os americanos falam           Inglês 
             Premissa 2: José fala inglês   
              Conclusão:       José é americano          
 
Ou seja, o fato de José falar Inglês não permite concluir que "José é Americano" porque "Nem todos que falam Inglês são americanos"
Outro exemplo:
 
  Premissa 1: Se a marginal    inundar, Julio vai chegar atrasado 
    Premissa 2: Júlio está atrasado   
            Conclusão: A marginal inundou 
 
          No exemplo acima: o fato de Júlio estar    atrasado não significa que a marginal inundou, pois ele pode estar atrasado    por outro motivo.
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Um argumento é considerado válido e consistente quando, além de ter a conclusão verdadeira, a mesma é baseada em premissas verdadeiras.
        Premissa 1: "Todo ser vivo é mortal"             
          Premissa 2:  "Pedro é um ser vivo"               
          Conclusão.: "Pedro é mortal".                       
          
                  É completamente impossível que as premissas 1 e 2 acima sejam    verdadeiras e a conclusão falsa. Ora, se Todo ser vivo é mortal e Pedro é um    ser vivo, então Pedro com certeza é mortal.
 
 
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      Argumento válido    mas inconsistente
   
É um argumento que tem uma conclusão verdadeira, mas está baseado em premissas falsas. Então a conclusão não pode ser sustentada e ele é considerado "inconsistente".
      Ex:
   Premissa 1: "Todos os chineses são altos"            
           Premissa 2:  "John Kennedy era chinês"  
           Conclusão.:   "John Kennedy era alto ".  
 
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É comum encontrarmos argumentos supostamente "lógicos", porém construído em cima de premissas que somente são verdadeiras para quem nelas acredita.
      Ex:
   Premissa 1: "O pecado ofende a    Deus"
          
           Conclusão.: "Deus pune os pecadores    com a condenação eterna"
Se este tipo de argumento fosse aceitável, seria possível criarmos qualquer tipo de argumento, com a conclusão que quiséssemos. Bastaria criarmos uma premissa qualquer e dizer que ela é verdadeira. Por exemplo:
               Premissa 1: "Deus é brasileiro"
     
           Conclusão.: "Se Deus é brasileiro e    adora futebol, o Brasil será campeão mundial!"
   
   
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