Pergunta e resposta n°5

Como explicar a falta de proporcionalidade da Justiça Divina, ao aplicar a mesma pena (eterna) a todos os que fossem condenados no "Juízo Final", independente da gravidade dos seus crimes? Além disso, onde está a proporcionalidade em punir alguém com uma pena eterna pelos erros cometidos no curto espaço de uma vida?


Análise lógica

1. Seria justo um assassino ou estuprador receber a mesma punição que um simples "ladrão de galinha"?
Resposta: Não. Pois a pena deve ser imposta de acordo com a gravidade da falta
Premissa 1: Para que a Justiça seja perfeita, a pena aplicada ao faltoso deve ser proporcional à falta por ele cometida.

2. A justiça de Deus é perfeita?
Resposta: Sim. Pois, se Deus é perfeito, sua Justiça tem que ser perfeita
Premissa 2: A justiça de Deus é perfeita


Conclusão: Se a Justiça de Deus é perfeita e não existe justiça perfeita sem proporcionalidade da pena, então a Justiça Divina também possui este critério, senão não poderá ser considerada perfeita. Sendo assim, o dogma da “condenação eterna” torna-se ilógico, pois ele tornaria a Justiça Divina imperfeita, pois tal dogma invalida a a “proporcionalidade da pena”.

OBS:
Um argumento é considerado válido e consistente quando é impossível que as suas premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
Ver o tópico Noções básicas de lógica

Comentários


Um dos conceitos básicos de Justiça é que
a pena deve ser PROPORCIONAL ao delito cometido. Por exemplo, uma pessoa que roubou uma galinha, não deve receber pena tão severa quanto a que estuprou, matou, etc.
Ora, se um dia houvesse chamado “Dia do juízo Final” , muitos seriam condenados à punição eterna, obviamente. Porém, dentre esses que certamente seriam condenados, cada um teria praticado o mal em um grau diferente do outro.


Certamente, entre os vários condenados ao "inferno", haveria:

> Os que NÃO FORAM PROPRIAMENTE MAUS, mas tiveram vícios e defeitos de caráter;
> Os que foram MAUS, egoístas, e prejudicaram muitas pessoas;
> Os que foram MUITO MAUS, como assassinos e estupradores, etc;
> Os verdadeiros TIRANOS, DITADORES, responsáveis pela morte de milhares ou milhões de pessoas em guerras, etc.;

Então vem a pergunta: Seria justo todos terem uma punição idêntica, que seria a pena eterna? Onde está a PROPORCIONALIDADE DA JUSTIÇA? Então o sistema de Justiça divina seria inferior ao Sistema terreno, que prevê tal proporcionalidade?


Desta forma, , um pecador comum, que venha a ser "condenado ao inferno", mas que, contudo, nunca matou ninguém, poderia ter, lá mesmo no suposto "inferno", como "companheiro", o próprio Hitler, que foi o responsável direto pela morte de milhões de pessoas, cumprindo A MESMA PENA QUE ELE??? ABSURDO!

Adolf Hitler

Além disso, o período de tempo de uma vida, por mais longa que ela seja, é o equivalente a um grão de areia no oceano quando comparado com a eternidade. Como alguém poderia pagar, pelos erros cometidos num espaço de tempo tão pequeno, por toda a eternidade? Para aqueles que não conseguem enxergar o que a eternidade representa, é mais do que mil anos, 100 mil anos, um bilhão, um trilhão de anos! Critério ILÓGICO E DESPROPORCIONAL!


Justiça desproporcional não é justiça, é VINGANÇA!


A resposta lógica da Reencarnação

A Doutrina da Reencarnação é o mais perfeito exemplo de uma justiça proporcional. Pois colheremos exatamente na mesma medida por aquilo que tivermos feito, tanto de bem quanto de mal. A gradação do sofrimento é diretamente proporcional ao mal cometido. Evidentemente, pessoas que tenham cometido atrocidades terríveis levarão mais tempo para redimirem-se de todo o mal praticado. Porém, o mais importante é que todos terão a chance de reparar seus erros, até mesmo o pior dos criminosos. Desta forma, vemos que a Reencarnação é a doutrina que melhor corresponde à idéia de uma Justiça Perfeita e à misericórdia infinita de de Deus.
Assim, além de oferecer uma explicação mais coerente para a CAUSA dos sofrimentos humanos, a Reencarnação é a única maneira para que a Justiça Divina tenha o critério de Proporcionalidade, o que seria completamente impossível se existisse a pena eterna!

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